Desde
sua criação o Sistema Único de Saúde do Brasil, enfrenta grandes desafios para
a sua consolidação: no plano político e ideológico, assim como na gestão e
operacionalização. A formação e a capacitação de trabalhadores, sobremaneira de
sanitaristas, têm sido consideradas pelas instituições de ensino como parcela
de contribuição para a consolidação do Sistema.
Historicamente
no Brasil, a formação para a Saúde Coletiva ocorria em cursos de pós-graduação,
tais como, em cursos de Especializações, dentre eles as Residências e em
Mestrados e Doutorados. Tinham-se então enfermeiros sanitaristas, médicos
sanitaristas etc. Desde 2008, tem-se a oportunidade de formar profissionais
diretamente na graduação, proporcionando assim uma capacitação com maior
duração e precocidade.
Seguindo
movimento desencadeado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) a
Universidade de Pernambuco-UPE e a Universidade Federal de Pernambuco-UFPE
implantaram no ano de 2013 o Curso de Graduação em Saúde Coletiva no estado de
Pernambuco com o objetivo de formar profissionais, ainda na Graduação, para
exercerem atividades no âmbito do campo teórico e prático da Saúde Coletiva.
Esses dois cursos estão entre os primeiros vinte cursos implantados no Brasil,
espalhados pelas cinco grandes regiões do País, em mais de 15 estados
brasileiros.
Os
cursos de graduação em Saúde Coletiva abordam em sua estrutura curricular
conhecimentos das áreas das Ciências da Vida e da Saúde (Anatomia, Fisiologia,
etc.) das Ciências Sociais e Humanas, (Sociologia, Antropologia, etc.) das
Ciências da Saúde Coletiva (Política, Planejamento, Epidemiologia, etc.), além
de abordar conteúdos das áreas de Metodologia Científica, Bioética e Direito
Sanitário.
Os
profissionais que se graduam nos cursos de Saúde Coletiva podem escolher
desenvolver suas atividades no campo da Pesquisa, do Ensino, da Gestão em Saúde
e do atendimento à saúde de populações. Estão aptos para trabalhar em
Instituições de Ensino, de Pesquisa e de Serviços de Saúde, tanto no setor
Público como no Privado, nos níveis municipais, estaduais e federais, à luz dos
princípios e diretrizes do SUS.
A
atuação do sanitarista no âmbito municipal quer nas atividades de planejamento
e gestão, quer nas atividades de operacionalização de políticas e programas necessita
ser regulamentada e valorizada. A criação da carreira do sanitarista no nível
do poder municipal, a exemplo do que ocorre em vários municípios brasileiros,
tem contribuído para incentivar a participação e a motivação desse trabalhador
no desempenho de suas atividades cotidianas, assim com também tem permitido que
a gestão municipal realize suas atividades de forma condizente com os
princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde do Brasil.
CONTATOS – COORDENAÇÃO DO CURSO NA UPE E UFPE:
UPE: luiz.oscar@upe.br; UFPE: coordenacao.sc.ufpe@gmail.com