terça-feira, 24 de maio de 2016

O sanitarista brasileiro e os desafios do SUS



Desde sua criação o Sistema Único de Saúde do Brasil, enfrenta grandes desafios para a sua consolidação: no plano político e ideológico, assim como na gestão e operacionalização. A formação e a capacitação de trabalhadores, sobremaneira de sanitaristas, têm sido consideradas pelas instituições de ensino como parcela de contribuição para a consolidação do Sistema.
Historicamente no Brasil, a formação para a Saúde Coletiva ocorria em cursos de pós-graduação, tais como, em cursos de Especializações, dentre eles as Residências e em Mestrados e Doutorados. Tinham-se então enfermeiros sanitaristas, médicos sanitaristas etc. Desde 2008, tem-se a oportunidade de formar profissionais diretamente na graduação, proporcionando assim uma capacitação com maior duração e precocidade.
Seguindo movimento desencadeado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) a Universidade de Pernambuco-UPE e a Universidade Federal de Pernambuco-UFPE implantaram no ano de 2013 o Curso de Graduação em Saúde Coletiva no estado de Pernambuco com o objetivo de formar profissionais, ainda na Graduação, para exercerem atividades no âmbito do campo teórico e prático da Saúde Coletiva. Esses dois cursos estão entre os primeiros vinte cursos implantados no Brasil, espalhados pelas cinco grandes regiões do País, em mais de 15 estados brasileiros.
Os cursos de graduação em Saúde Coletiva abordam em sua estrutura curricular conhecimentos das áreas das Ciências da Vida e da Saúde (Anatomia, Fisiologia, etc.) das Ciências Sociais e Humanas, (Sociologia, Antropologia, etc.) das Ciências da Saúde Coletiva (Política, Planejamento, Epidemiologia, etc.), além de abordar conteúdos das áreas de Metodologia Científica, Bioética e Direito Sanitário.
Os profissionais que se graduam nos cursos de Saúde Coletiva podem escolher desenvolver suas atividades no campo da Pesquisa, do Ensino, da Gestão em Saúde e do atendimento à saúde de populações. Estão aptos para trabalhar em Instituições de Ensino, de Pesquisa e de Serviços de Saúde, tanto no setor Público como no Privado, nos níveis municipais, estaduais e federais, à luz dos princípios e diretrizes do SUS.
A atuação do sanitarista no âmbito municipal quer nas atividades de planejamento e gestão, quer nas atividades de operacionalização de políticas e programas necessita ser regulamentada e valorizada. A criação da carreira do sanitarista no nível do poder municipal, a exemplo do que ocorre em vários municípios brasileiros, tem contribuído para incentivar a participação e a motivação desse trabalhador no desempenho de suas atividades cotidianas, assim com também tem permitido que a gestão municipal realize suas atividades de forma condizente com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde do Brasil.
CONTATOS – COORDENAÇÃO DO CURSO NA UPE E UFPE:
UPE: luiz.oscar@upe.br; UFPE: coordenacao.sc.ufpe@gmail.com