terça-feira, 1 de dezembro de 2015

PROPOSTA DE ENFRENTAMENTO DA DENGUE, FEBRE DO CHIKUNGUNYA E ZIKA


 Prezados(as) Senhores(as),

O Ministério da Saúde confirmou no último sábado (28/11) a relação entre o vírus Zika e os casos microcefalia, baseado nos achados realizados pelo Instituto Evandro Chagas em amostra de tecidos e de sangue de indivíduos que foram à óbito. O estado de Pernambuco lidera em número de notificações de casos de microcefalia, já são 487 este ano. Diante desta situação o CONSELHO DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE – COSEMS/ PE apresenta algumas proposições para contribuir com as medidas de notificação, controle e assistência da doença.

ÂMBITO FEDERAL
1.      Revisão da portaria GM nº 1025/2015, pelo Ministério da Saúde, do número preconizado de Agentes de Controle de Endemias, que está aquém das necessidades locais para o trabalho efetivo de eliminação dos focos dos mosquitos;
2.      Distribuição regular e suficiente de larvicida aos municípios, bem como avaliar a eficácia do produto utilizado atualmente pelo Ministério da Saúde, com viabilização do uso de larvicida biológico;
3.      Investir em publicidade, educação em saúde e material educativo utilizando-se da grande mídia para o combate aos focos de criação do Aedes Aegyti;
4.      Apoio da Força Nacional do SUS para compor o comitê estadual de controle da microcefalia (sanitaristas, infectologistas e corpo assistencial);
5.      Envolvimento das Forças Armadas nas campanhas de combate ao foco do mosquito, assim como para adentrar as residências, garantindo segurança aos agentes de saúde e moradores.

ÂMBITO ESTADUAL
6.      Garantir contrapartida financeira para os municípios desenvolverem ações de vigilância em saúde (revisão do teto financeiro da vigilância à saúde – desconcentração do recurso financeiro federal para os municípios);
7.      Investimento na capacitação dos profissionais da rede assistencial do Estado e Municípios para a notificação, diagnóstico, acompanhamento assistencial dos casos de microcefalia;
8.      Aumento de investimento na estruturação das unidades de saúde para detecção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento das pessoas acometidas de microcefalia;
9.      Reforçar o envolvimento dos Agentes Comunitários de Saúde, para busca de focos e conscientização da população;
10.  Ampliar ações intersetoriais envolvendo: as igrejas, escolas, universidades, sociedade civil organizada, sindicatos, rádios comunitárias, Polícia Militar, Bombeiros, Correios, empresa de energia elétrica e saneamento, no sentido de participar maciçamente no combate aos criadouros;
11.  Definição dos fluxos assistenciais e aumento das unidades de referência para detecção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento para os casos de microcefalia;
12.  Aumentar cotas de exames sorológicos para gestantes;
13.  Ações de correção do abastecimento de água intermitente aos bairros, distribuição de recipientes e cobertura de tela para populações carentes nos municípios que já estão dependentes de abastecimento alternativo;
14.  Lei estadual que estabeleça multa para os imóveis com focos reincidentes e livre acesso aos imóveis fechados, ou em caso de recusa da visita dos agentes públicos de combate ao Aedes aegypti.

O COSEMS/PE reafirma o compromisso com a sociedade pernambucana, governos Estadual e Federal para enfrentamento da situação epidemiológica emergente.

Diretoria e vice-regionais do Conselho de Secretários Municipais de saúde
                                                                                                                               
         


                                                                                                    


                                                                   




                                                                                                            

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