Mais Médicos leva 3,5 mil profissionais a
todo o país e supera meta
Iniciativa passa a beneficiar 45,6 milhões de pessoas, principalmente
nas regiões mais vulneráveis. Esta semana, serão realizadas oficinas em todos
os estados para receber os médicos
O Programa Mais
Médicos está levando mais 3.500 profissionais para ampliar o atendimento em
atenção básica em todo o Brasil. O reforço deste grupo garante o cumprimento da
meta estabelecida pelo governo federal de enviar 13.235 médicos aos municípios,
especialmente aqueles localizados em regiões mais vulneráveis. A atuação desses
profissionais impacta na assistência de 45,6 milhões de pessoas. A partir desta
segunda-feira (14), serão realizadas oficinas em todos os estados para
recepcionar os médicos que começam a atuar nos municípios.
Desse total, 1.922
médicos estão alocados na região Sudeste, 842 na região Sul, 289 na região
Centro-Oeste, 253 na região Nordeste e 238 estão alocados na região Norte. Eles
fazem parte do quarto ciclo do Programa e foram aprovados no módulo de
avaliação, etapa obrigatória para que recebam o registro profissional
provisório e iniciem o atendimento à população.
Mais de 75% dos
13.235 médicos estão alocados em regiões como o semiárido nordestino, periferia
de grandes centros, municípios com IDHM baixo ou muito baixo e regiões com
população quilombola, entre outros critérios de vulnerabilidade. Em relação à
distribuição por região, o Sudeste e o Nordeste concentram o maior número de
profissionais, com 4.170 e 4.147 médicos respectivamente. O Sul conta com
2.261, seguido do Norte (1.764) e do Centro-Oeste (893). Outros 305 médicos
estão atuando em distritos indígenas.
Nesta
segunda-feira, em Curitiba (PR), durante oficina de recepção de novos médicos
que vão atuar no estado, o ministro da Saúde Arthur Chioro falou sobre como a
iniciativa está conseguindo atingir a população que mais precisa de
atendimento.
“Com esse programa,
estamos conseguindo prestar atendimento a uma quantidade muito maior de
pessoas, com maior qualidade, tratar o povo com dignidade e com mais respeito.
A grande maioria dos brasileiros que estamos atendendo nunca teve contato com
uma equipe de saúde da família completa”, ressaltou.
Desde o início do
programa, a presença dos profissionais que estão em atuação em todo o país já
traz resultados positivos na assistência à população. Um levantamento do
Ministério da Saúde feito em municípios que receberam profissionais do Mais
Médicos mostrou que, em novembro de 2013, houve um crescimento de 27,3% no
atendimento a pessoas com hipertensão em comparação com o mês de junho do mesmo
ano, antes da chegada dos profissionais.
Houve aumento
ainda, neste mesmo período, de 14,4% na assistência a pessoas com diabetes, de
13,2% no número de pacientes em acompanhamento e de 10,3% no agendamento de
consultas. Nas cidades que contavam com médicos do programa foram realizadas
2,28 milhões de consultas em novembro, 7% mais que o total registrado em junho.
O levantamento foi feito em 688 municípios onde atuavam 1.592 médicos.
NOVA OPORTUNIDADE – Com o quinto ciclo, anunciado pelo
Ministério da Saúde no dia 1º de abril, o Programa Mais Médicos deverá
ultrapassar a marca de 14 mil médicos para a atenção básica de todo o país,
superando a meta estabelecida pelo governo federal. Com a atuação desses
profissionais, a iniciativa, que já impacta na assistência de 45,6 milhões de
pessoas, passa a beneficiar 49 milhões de brasileiros.
A ampliação do
número de médicos foi possível a partir da adesão nesta nova etapa, direcionada
aos municípios mais vulneráveis do País e que ainda apresentavam equipes de
saúde da família sem médicos. Com isso, mais vagas serão preenchidas com
médicos do Programa, além dos mais de 13 mil profissionais que já estão
participando.
“O governo federal
está indo além: superamos 100% da meta com os mais de 13 mil médicos e
compreendemos que alguns municípios, muitos deles em situação de
vulnerabilidade, ainda poderiam receber médicos. Por isso, abrimos
excepcionalmente o quinto e ultimo ciclo, o que possibilitou que mais municípios
pudessem participar do programa e receber mais médicos”, afirmou o ministro
Chioro.
Ainda está em
andamento a seleção de médicos para participação no quinto ciclo, mas a
previsão é que em junho eles já estejam em atividade nos municípios. Como nas
demais etapas do Programa, têm prioridade nas vagas os médicos formados no
Brasil, seguidos dos brasileiros com diplomas do exterior e dos estrangeiros.
As vagas ociosas serão completadas por médicos da cooperação com a Organização
Pan-Americana de Saúde.
Entre os critérios
de vulnerabilidade utilizados para pré-selecionar os municípios do quinto ciclo
estão ter 20% ou mais da população em situação de extrema pobreza; ter IDHM
baixo e muito baixo; com comunidades quilombolas ou assentamentos rurais; e as
regiões dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Ribeira; do Semiárido; e as
periferias de grandes cidades.
“Com esse reforço,
concentrado naquelas cidades de IDH baixo ou muito baixo, vamos chegar a mais
de 14 mil médicos. Mais do que profissionais, teremos 14 mil equipes de atenção
básica completas, atendendo mais de 48 milhões de brasileiros que não tinham
acesso a esse atendimento tão fundamental”, explicou o ministro.
O PROGRAMA – Lançado em julho de 2013 pela presidenta Dilma Rousseff, o Programa
Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos
usuários do SUS, com o objetivo de aperfeiçoar a formação de médicos na Atenção
Básica, ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país e acelerar os
investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde.
Os profissionais do
programa cursam especialização em atenção básica, com acompanhamento de tutores
e supervisores. Para participar da iniciativa, eles recebem bolsa formação de
R$ 10,4 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Em
contrapartida, os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e
moradia aos participantes.
Além da ampliação
imediata da assistência em atenção básica, o Mais Médicos prevê ações
estruturantes voltadas à expansão e descentralização da formação médica no
Brasil. Até 2018, serão criadas 11,4 mil novas vagas de graduação em Medicina e
mais de 12 mil novas vagas de residência médica.
Wesley Kuhn, da Agência Saúde
Atendimento à Imprensa
(61) 3315 3580 e 3315-6256
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